25 de out. de 2007

:::.Leviana.:::

Comecei a refletir sobre a importância do manual de instrução em nossas vidas, aquele livrinho era tão útil para lidarmos com um objeto desconhecido.Se nós seres humanos viéssemos com um manual de instruções, nossos relacionamentos seriam mais fáceis?
A idéia de saber tudo sobre a pessoa a qual nos relacionamos seja um amigo, familiar ou um amor, me agradou muito. Saber lidar com a pessoa ao escutar o primeiro “Eu te amo” quando você não se sente preparado para dizer “Eu também”, entender o porque tua mãe prefere ser ausente ao invés de lutar por uma relação de mãe e filho contigo, como você poderia não magoar um amigo ou evitar várias situações desagradáveis, não te agrada também?
Analisei mais essa minha teoria e finalmente entendi o porque não temos um manual de instrução e logo me senti um tolo por pensar assim. Perderíamos o fator surpresa, seriamos previsíveis. O manual que evitaria desilusões, brigas, chateações também evitaria algumas alegrias vindas dos simples atos inesperados: como aquele abraço que tu recebe quando mais precisa, aquela mensagem de “bom dia”, ouvir as palavras certas ou um simples sorriso. Descobrir como lidar com cada um faz parte do nosso dia-a-dia, do crescimento de um relacionamento. A graça de uma amizade, de um namoro, ou a relação familiar, é simplesmente aprender a respeitar e lidar com o inusitado, com as particularidades e as surpresas dos atos das pessoas. Manuais de instrução são ótimos para objetos, mas nem tanto para os seres humanos.


Texto: Vivianne Soares


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